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Plano de aula: Práticas de interlocução em cartas de reclamação

Plano 6 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Carta de reclamação

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Sobre este plano
Sobre este plano

Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.

Sobre esta aula: esta é sexta aula de uma sequência de 15 planos de aula foco no gênero cartas de reclamação/apresentação de propostas orais e no campo de atuação da vida pública, podendo estender-se para o campo jornalístico-midiático. A aula faz parte do módulo de Análise linguística e semiótica.

Materiais necessários: Textos escritos; atividades para impressão; projetor.

Informações sobre o gênero: Texto de caráter epistolar, as cartas de reclamação expressam a necessidade de um sujeito, inserido em uma prática de linguagem social concreta e determinada de se comunicar com o outro e, para isso, lança mão da escrita. Os interlocutores não estão presentes então, há, portanto, um distanciamento espaço-temporal e por isso, a utilização de elementos típicos dos gêneros epistolares, tais como “remetente”, “local”, “data”, “assinatura”. Neste gênero, o remetente descreve um problema ocorrido ao seu destinatário a fim de que este consiga resolvê-lo. Uma das características mais específicas da cartas de reclamação é o seu caráter persuasivo, por utilizarem-se do discurso argumentativo para convencer o outro a solucionar determinado problema, este por sua vez, de ordem individual e/ ou coletiva. “A carta de reclamação é um gênero de texto usado em situações de comunicação, nas quais o cidadão deseja externar alguma injustiça, insatisfação, algo que julgue ser impróprio ou errado; e, ainda, solicitar uma resolução para seu problema. Enfim, a carta de reclamação é usada quando o cidadão se sente lesado ou desrespeitado em seus direitos, ou injustiçado ou discriminado socialmente. É um gênero que leva a uma forma de exercer a cidadania, e é por esse motivo que vamos chamá-la de gênero da cidadania” (Beato-Canato, Baumgärtner e Cecílio, 2006, p. 32, apud, BARROS, 2012b, p. 23).

Dificuldades antecipadas: dificuldade em relacionar os conceitos de interlocução com sua aplicabilidade nas atividades de escrita de cartas de reclamação.

Referências sobre o assunto:

BARBOSA, J. P. Carta de solicitação e carta de reclamação. Coleção Trabalhando com os gêneros do discurso. São Paulo: Editora FTD, 2005.

DA SILVA, L. N; LEAL, T. F. Caracterizando o gênero carta de reclamação. Disponível em: <http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem10pdf/sm10ss12_07.pdf>

Acesso em: 12 de ago. 2018.

ABAURRE, M. L. Produção de textos: interlocução e gêneros. São Paulo: Editora Moderna, 2007.

PARANÁ. Cadernos PDE: os desafios da escola pública paraense na perspectiva do professor PDE - Produções didático-pedagógicas. vol. 2, 2016. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_pdp_port_uenp_reginamarciamichelatosilva.pdf>. Acesso em 13 de set. 2018.

BEATO-CANTO, A. P. M.; BAUMGARTNER, C. T.; CECILIO, S. R. Uma perspectiva de ensino da língua através do gênero textual carta de reclamação. Londrina: UEL, 2006 (trabalho não publicado).

Tema da aula
Tema da aula

Tempo sugerido: 5 minutos

Orientações:

  • Organize a turma em duplas. A atividade em duplas proporcionará maior diálogo entre os alunos, tendo em vista as novas descobertas para esta aula. Em alguns momentos, será importante a troca de ideias e o diálogo, por isso a opção por atividades em duplas. Os alunos dessa faixa etária tendem a aprender melhor trocando ideias e, muitas vezes, socializando suas atividades; a opção por atividades coletivas (em duplas) auxilia também no desenvolvimento afetivo dos alunos.

  • Apresente o tema para a turma. Esta deve ser uma pergunta que além de despertar a curiosidade da turma é também a apresentação de uma situação hipotética. Esta aula tem como foco o estudo dos interlocutores que compõem as cartas de reclamação, ou seja, remetente e destinatário.

  • Indague os alunos sobre como eles poderiam proceder: “a. Se vocês quisessem reclamar da merenda na escola, para quem escreveriam?”; “b.Que tipo de linguagem vocês usariam?”; “c. Se a carta fosse escrita por apenas um remetente, qual seria a assinatura mais adequada?”; “d.No caso de vários interlocutores (remetentes), qual seria a assinatura mais adequada?”. Essas perguntas são direcionadas ao estudo da interlocução em cartas de reclamação. É necessário que os alunos já tenham tido contado com este gênero anteriormente, conhecendo sua estrutura e organização composicional para, assim, compreender como funcionaria um texto assinado por vários interlocutores (remetentes), um texto assinado por apenas um interlocutor ou mesmo um texto destinado a apenas um destinatário ou a vários destinatários e as diferenças hierárquicas entre os interlocutores.

Espera-se que os alunos respondam a esses questionamentos da seguinte forma: a) Reclamaríamos primeiro com a gestão da escola (diretor ou diretora). Caso o problema não fosse resolvido, escreveríamos para a secretaria de educação da cidade.; b) Uma linguagem formal, já que o texto possui um caráter formal, pois trata-se de reclamar algo para alguém a quem devemos respeito e cordialidade. Além do mais, o registro formal demonstra que a situação é séria e está se estabelecendo um canal de interlocução oficial, por isso ajustar o tom é necessário; c) A carta seria escrita e organizada na 1ª pessoa do singular (Eu), dessa forma assinaríamos em nome de uma única pessoa (aluno); d) A depender do interlocutor, o texto poderia ser organizado em 1ª pessoa do plural (nós), dessa forma, assinaríamos em nome da nossa turma.

É necessário direcionar bem esta abertura e apresentação do tema da aula para o foco interlocução, a ideia é de que os alunos iniciem a aula pensando em como organizar a redação de uma carta de reclamação com a presença de um ou mais interlocutores e suas respectivas marcas linguísticas e também em como organizar a linguagem do texto para algo (órgão) ou alguém que não se conhece ou com quem mantém contato apenas por carta.

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