Sugestão de adaptação para ensino remoto
Recursos indicados
Necessários: canais de envio de mensagens, vídeos e áudios, como WhatsApp ou similares. Dependendo da realidade de cada escola, você também pode encaminhar as atividades como documento impresso.
Opcional: Google Meet (tutorial disponível aqui).
Tema
Encaminhe aos alunos o slide do plano original via WhatsApp. Pergunte o que o tema da aula (A impessoalização no discurso dos resumos) sugere para eles. Ouça a resposta e não faça interferências. Esse é um momento destinado a levantar hipóteses sobre o que eles irão aprender nesta aula. (O texto-fonte do resumo está disponível aqui.)
Introdução
Compartilhe o slide referente à Introdução (veja no plano original), junto a alguns questionamentos: a. Qual a diferença entre textos pessoais e impessoais?; b. Qual aspecto de um texto faz com que ele seja pessoal e quais marcas linguísticas ele deve trazer? Espera-se que eles percebam que nos textos “pessoais” é possível perceber a presença do autor do texto: o “eu” ou o “nós” está presente. Já no texto impessoal, a marca do “eu” não deve aparecer, o enfoque deve recair sobre o assunto tratado. Peça para os alunos listarem, no caderno, dois gêneros já estudados previamente por eles cuja construção seja impessoal, e dois cuja construção seja pessoal. Peça que alguns alunos voluntários leiam suas respostas e as justifiquem. As possibilidades de respostas, nessa etapa, são grandes e podem variar de acordo com o conhecimento prévio dos alunos; por isso, é importante estimulá-los a dar respostas variadas e observar as justificativas dadas. Alguns gêneros pessoais que podem surgir: carta, artigo de opinião, crônica, resenha e poema. Gêneros impessoais: resumo, sinopse, textos dissertativos e ensaios acadêmicos. Compartilhe também o 2º slide da Introdução e peça que leiam. Relembre com os alunos que esse é o primeiro parágrafo do resumo trabalhado previamente. Pergunte se eles julgam esse trecho pessoal ou impessoal, e de que forma eles podem justificar a resposta dada. Espera-se que eles digam que o texto é impessoal, pois não há marcação de primeira pessoa (“eu”) do autor do artigo. Peça que os alunos observem a primeira forma verbal que aparece no texto: “trata”. Questione qual o sujeito dessa forma verbal. Espera-se que os alunos percebam que o sujeito é “o artigo”. Peça para eles identificarem as outras formas verbais presentes no parágrafo. As formas verbais são “é” e “sugerindo-se”. Solicite que identifiquem o sujeito de cada uma delas: “Sua principal contribuição” e “insuficiência da explicação clássica sobre o período”. Chame a atenção deles para o fato de que, nas três formas verbais, os sujeitos estão relacionados ao objeto de estudo do texto e não ao autor. Caso seja necessário, relembre a estrutura da voz passiva sintética: VTD+SE, sem a presença do agente da passiva. Mostre aos alunos que essa estrutura faz com que o agente da ação (agente da passiva), por não aparecer no texto, perca por completo a sua importância. Nesse caso, todo o enfoque recai sobre o que é sugerido e não sobre quem sugere. Observação: os alunos deverão registrar suas respostas no caderno da aula.
Desenvolvimento
Divida os alunos em quartetos (organize previamente os quartetos, cuidando para que sejam formados por alunos que tenham facilidade nos tópicos vistos até agora e também por aqueles com mais dificuldade, ou seja, grupos heterogêneos). Peça que os grupos escolham uma cor que os represente. Assim, teremos grupo verde, grupo azul, vermelho e amarelo, por exemplo. Proponha aos alunos um jogo: o grupo verde receberá um texto para análise e terá um tempo específico (em torno de 10 minutos) para se reunir por chamada de vídeo ou por plataforma de webconferência, como Google Meet ou Zoom, e encontrar o maior número possível de estratégias de impessoalização. Eles devem grifar as estratégias encontradas com sua respectiva cor. Ao término do tempo previsto, o texto, já grifado, deve ser passado a outro grupo. Cada grupo terá mais 10 minutos para grifar no texto estratégias perceptíveis de impessoalização sempre com sua devida cor. O objetivo do jogo é tornar a busca mais dinâmica e socializar os olhares para o texto. É provável que os grupos nem sempre grifem a mesma estratégia. Por exemplo: um grupo encontra com mais facilidade a voz passiva e outro encontra os sujeitos que se referem ao próprio texto. Na troca de atividades, esses múltiplos olhares serão trocados sem a necessidade de socialização verbal. Material complementar: texto para análise, disponível aqui. Se possível, crie uma webconferência para que você possa, junto à turma, analisar as estratégias grifadas e classificá-las. (Se não for possível, classifique você as estratégias previamente grifadas e as encaminhe à turma para análise.) Relembre os alunos de que o autor do resumo lido é também o autor do artigo. Diante dessa informação, peça que eles levantem hipóteses: por que o autor não usou a expressão “meu artigo”, ou “o artigo que escrevi”, ou “meu texto”, ou ainda “eu defendo”, ou “eu levanto a hipótese”? Espera-se que os alunos percebam que a primeira pessoa é retirada desse trecho porque o enfoque deve recair sobre o artigo e não sobre quem o escreveu. O autor não é o centro do texto, e sim a mensagem que ele quer passar; no caso, seu objeto de estudo e suas descobertas. Sugira que alguns alunos leiam trechos do texto colocando-o em primeira pessoa, evidenciando o autor do artigo. Essa leitura pode ser feita em voz alta e de improviso. Pergunte se houve alguma alteração no sentido do texto. Espera-se que eles percebam que há alteração, pois, ao colocá-lo em primeira pessoa, evidencia-se o autor/agente da pesquisa e não a descoberta. (A resolução da atividade está disponível aqui.) Compartilhe o 3º slide do Desenvolvimento, no plano original, e peça para os alunos lerem as duas versões da mesma passagem. Chame a atenção para o fato de que ambas são construções impessoais, mas há uma diferença de sentido entre elas. Pergunte aos alunos qual seria essa diferença e por que ela ocorre. Espera-se que eles percebam que o uso da voz passiva dá ênfase ao sujeito, no caso, “hipóteses”, fazendo com que o enfoque recaia sobre as hipóteses propostas; já na construção que traz a voz ativa, o enfoque recai sobre o artigo e as hipóteses ficam em segundo plano. Peça para levantarem hipóteses: por que a primeira versão é a escolhida pelo autor? Espera-se que eles percebam que o objetivo do resumo é divulgar o estudo feito, quais hipóteses foram criadas, a que resultados se chegou, por isso a escolha da passiva sintética. (A resolução da atividade está disponível aqui.) Peça que registrem suas respostas no caderno da aula.
Fechamento
Questione os alunos, por meio de áudio no WhatsApp: por que é importante que um resumo seja impessoal? Peça que criem mapas mentais explicando a importância da impessoalidade nos resumos. Solicite que compartilhem seus mapas com a turma no grupo do WhatsApp.
Convite às famílias
Os responsáveis poderão auxiliar os alunos com a criação do mapa mental. Para isso, peça que lembrem os alunos sobre a importância de um mapa mental ser sucinto, interessante, para que possa ser utilizado como recurso visual (mnemônico).